sábado, 18 de março de 2017

EX-ALUNA MARIA JOÃO LOPES Projeto de voluntariado na Guiné-Bissau


Voluntariado

     No sábado passado, dia 11, duas médicas partiram em mais uma missão de voluntariado para a Guiné. Vão trabalhar nos centros de recuperação nutricional e nos centros de saúde de Bubaque e de Empada, em conjunto com as Missionárias da Consolata. No caso de uma delas é a segunda missão: a nossa antiga aluna, Maria João Nuno Lopes, volta a África com o seu generoso coração para ajudar. Já esteve em missão na Costa do Marfim. Cheia de ilusão partilha agora a viagem com uma colega a quem passou o bichinho. Prometem dar notícias do seu dia a dia num blogue (https://medium.com/wannacome) ou nas redes sociais (https://medium.com/wannacome) se a internet não lhes pregar partidas. Mas o melhor é ler o primeiro texto. Mais virão.

“O sol caminha devagar…
mas atravessa o mundo” 

São humidade e calor. Definitivamente estas são as primeiras sensações que experimentei quando pisei solo africano pela primeira vez… e quando chegámos à Guiné-Bissau foi mais uma vez isto. Estranha-se e entranha-se. Entope os poros.
Hoje o dia foi assim. De sensações e de nos deixarmos “entranhar”. Chegar a Bissau, onde estamos atualmente e onde ficaremos até terça-feira, exige um período de “habituação”. Claro que podem pensar: “Mas habituação do quê? Mudaram de país e, vá, de continente mas… deixem-se de coisas!”.
Os semáforos, o café com a amiga X que não pode esperar mais, a roupa que tem de ser estendida impreterivelmente hoje, o trânsito em hora de ponta, o prazo de entrega do trabalho que tem de ser cumprido, o caminhar apressado de quem tem que chegar ontem, o telemóvel apelativo que soa mais do que devia… tudo! Enfim, tudo isto vive em nós e exige ser desalojado quando se aterra num país como a Guiné.
Um grande amigo nosso (que é também padre da Consolata e nos preparou para esta missão) diz muitas vezes: “os europeus têm o relógio, os africanos o tempo”.
E é assim. Hoje foi o dia de desligar o botão do relógio e ligar o do tempo. Foi de abraçarmos as pessoas que nos receberam e de nos dispormos a ouvi-las, a estar sem pensar se estamos 2 minutos atrasadas para o almoço. Hoje foi o primeiro de muitos dias no ritmo de um povo que só conhece o ritmo da dança que lhes corre nas veias.
Estamos felizes!
Obrigado a todos por todo o apoio!”
 Maria João Nuno Lopes
Vejam este vídeo no Youtube:


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